8.11.10
Autópsia desta época
6.10.10
Da Alemanha nem bom vento nem bom casamento
Já se sabe que a Prússia comanda agora a União Europeia, dizendo às gentes meridionais como gerir a sua vida económica, financeira e futebolística.
O crescimento do Benfica é por demais evidente, rápido e determinado. Descompassado do nosso zeitgeist, récio a crescimentos excessivos. A contenção impõe-se; quem melhor que uma equipa de segunda categoria alemã para pôr cobro aos ímpetos de desperdício latinos?
Poder consentido é poder real.
Espero que se consinta menos e se consuma mais.
Pontos europeus.
Wembley awaits us.
schalke, 2 - Benfica, 0
18.9.10
Silêncio que se vai cantar a Guarânia
Era isso que faltava, a chamada de atenção para o inquietante ruído no estádio, que tem impedido um génio lento, de pernas e pensamento, de se concentrar e marcar um golinho. E aqueles ensurdecedores aplausos para o Roberto cada vez que ele olha para a bola sem desviar o olhar, num acto de coragem quase enternecedor, também não ajudam à concentração.
Mas imitar o Esqueleticozinho, antes de ele nos visitar, talvez não suscite muito boa vontade junto ao “universo benfiquista”; a não ser que seja um aquecimento para o golo que marcará ao Zbortén. Se assim for, todo o seu torpor não terá sido em vão, e os vinte cinco milhões ucranianos não farão falta.
Benfica, 2 – Hapoel Telavive, 0
Todo o homem tem o seu preço
É hoje impossível ler uma notícia sobre Roberto que não tenha o seu preço à frente.
13.9.10
Vox Populi
31.8.10
Há bens que vêm por mal
A questão é:
Quantos pontos irá o glorioso perder à pala daquele penalti mal marcado?
Um gajo cuja técnica de saída da baliza é semelhante à de uma galinha a tentar voar (e com resultados idênticos) passou a ser magnífico...
Se é por isso, ponham o Moreira (por isso, e por tudo o resto), que já nos safou de boas com as suas defesas a grandes penalidades.
Esta merda não é o Championship Manager! Não se vai pôr um catraio com descoordenação motora na baliza porque fomos cretinos o suficiente para fazer dele o oitavo GR mais caro da história do futebol. Somos o Benfica, caraças, não uma associação de reinserção social!
Disparatar no CM apenas tem com consequência desperdiçar um par de horas à frente do computador. O que, de qualquer forma, já está garantido.
Glorious One, 3 - V. Setúbal, 0
22.8.10
Waldir Peres
21.8.10
Este grupo já parece o Zborden, de tanta derrota
10.8.10
Ainda bem que substituímos o Quim, livra...
...é que os jogos do Benfica eram muito aborrecidos, não havia emoção.
Agora, cada bola que se aproxima do meio-campo do glorioso dá um novo alento ao adversário, e o futebol sai a ganhar (mesmo que o Benfica perca).
O Quim, dizia-se, só defendia o que ia à figura. As bolas iam é muitas vezes à figura.
Olha, pelo menos no sábado evitaria ter o Demo a ganhar logo aos 3m, já que o oitavo guarda-redes mais caro da história nem as que vão à figura defende.
O Roberto poderá ter muitos defeitos, mas terá sempre uma virtude para quem o queira ver como tal, não é o Quim.
P.S. Já agora, porque não veio o Victor?
Talvez um passe baixo e salário alto não dê muitas comissões.
25.7.10
Acrofobia
5.7.10
Dá para acabar com o mundial, sff?
8.6.10
Este é que não, ó chefes
Estão a toda a brida as discussões sobre as inevitáveis vendas do glorioso.
Ok, I can live with that. Apenas queria deixar claro: todos menos o Cardozo.
Eu sei que não tem a manha do Saviola, a arte do Aimar, a insensatez imprevisível do Di Maria, o coice de mula do Javi, a feroz agilidade do David Luiz ou a versatilidade defensiva-atacante do Ramires, mas…marca golos.
E isso não é despiciendo. Estivemos quinze anos a suspirar por um goleador e, agora que temos um, já ansiamos por mais quinze anos de suspiração. Que não é artista, que só tem pé esquerdo, que se “limita” a garantir entre vinte e trinta golos por época, tudo é argumento para o desvalorizar.
Mal ou bem, Aimar terá o apoio de Carlos Martins nas suas ausências (e o Gaitan vem aí);
Coentrão não desmerece Di Maria (antes pelo contrário) e Urreta não desmerece Coentrão como suplente;
Javi Garcia pode ser substituído pelo robusto Airton ou o inteligente Ruben, que pode ser o substituo defensivo de Ramires, que poderá ter em Carlos Martins o seu substituto ofensivo;
Saviola, bem, esse é duro, mas ele acabará por sair e mais vale ganhar dinheiro com ele, Jara vem aí, e é mais fácil encontrar um parceiro de goleador principal do que….um goleador principal;
David Luiz, outro duro de substituir mas inevitável de sair, tem em Sidnei e Fábio Faria decentes seguidores;
Mas marcar dezenas de golos, isso é difícil de substituir.
Conservem Cardozo, tratem-no bem, que fique mais seis ou sete temporadas. São cento e cinquenta golos garantidos.
P.S. A não ser que venha o Huntelaar, o Luis Garcia, o Love, .....
10.5.10
2.5.10
Adiamento
26.4.10
Mão-cheia
Benfica, 5 - Olhanense, 0
21.4.10
19.4.10
O futebol é um jogo, lembram-se?
16.4.10
Uma questão de doping
8.4.10
Com três letras apenas se escreve a palavra mãe e com trinta e sete se descreve o jogo de hoje
Estás a ganhar, não estavas?
O Naval, como tal, talvez não o mereça; mas iludir o Inácio, fazê-lo crer que pode vencer o Benfica, a razão da sua existência, e sonegar-lhe tal desiderato é de uma traquinice refrescante.
Nem o onirismo beetliano foi suficiente. David Luiz pensava como marcar Kuyt quando Fábio corria para ele, Quim calculava mentalmente o angulo dos remates de Torres quando se tardou mais um segundo a fazer-se à bola, Javi Garcia colocava-se em campo prevendo os avanços de Gerard, e, quando se deram conta, que chatice, tiveram de jogar um bocadito à Benfica. "Vá lá, não custa nada", vocifrou JJ das linhas. "Tá bem", jogaram eles dentro de campo. E Weldon marcou.
7.4.10
O Anticristo
1.4.10
Só faltam três jogos
"Oh Porto!", terá pensado, "por esta não estava à espera."
Não temos por hábito ter jogos do título contra o Sp.Braga, e no Benfica a tradição deve ser o que era. Por isso, o jogo do título será contra o Demo. Parece-me apropriado que o festejo do título tenha lugar no antro viscoso e enxofrado. Faz parte das atribuições da equipa do Bem purificar os ares deste país.
Bem, certo será que Bruto Alves, o Gladiador dos Infernos, tentará deixar a sua marca em jogadores gloriosos. Tal como outros energúmenos deixam marcas em monumentos da Humanidade (Pirâmide de Khufu: Tó Manel ama Cátia Andreia 1998; Templo das Inscrições, Palenque: Esta merda até é catita mas a Torre dos Clérigos é mais airosa"), Bruto, também ele, quererá deixar a sua assinatura, feita a alumínio, nas pernas de Saviola, Aimar ou Di Maria.
Marcas de Guerra, bálsamos para a final de Hamburgo.
Benfica, 1 - Braga, 0
29.3.10
O Benfica à Benfica ganhou ao Porto à Porto
23.3.10
Das diferenças mais evidentes entre o Demo e o Bem
Ainda não tinham tido a oportunidade de constatar o óbvio.
22.3.10
Ubíquo
O Benfica, o verdadeiro, tem de ser quase ubíquo. E de uma ubiquidade exemplar. Taça da Liga, Euroliga, Campeonato, e Taça. Distraiu-se aqui. Para o ano melhoraremos, tal como de um jogo contra o Marselha para outro. Não há cá deitar culpas para outros. Enfrentamos os nossos erros e melhoramos.
Outros acham que o truque é vender jogadores, comprar outros semelhantes, acossar ilegalmente os adversários no campo e controlar uns certos e determinados indivíduos fora dele, para que as coisas funcionem. A equipa não domina, a culpa é dos árbitros que não nos favorecem; a equipa não tem fio de jogo, a culpa é do Jesualdo e não da venda de jogadores chave, sem que os árbitros estejam devidamente assegurados; somos esmagados na Champions, a culpa é da temperatura e dos jogos em catadupa; o Hulk é suspenso, a culpa é do assistente que o provocou; perdemos a taça da liga, a culpa é de ser no Algarve; partimos vidros nos autocarros dos outros, a culpa é dos motoristas que colocaram as viaturas não à frente da baliza mas na rota de intercepção das bonitas trajectórias elípticas de pedras da calçada lançadas ao acaso. São satélites, Senhor. São satélites.
Nós melhoramos, e crescemos. Não ganhamos tudo, mas procuramos ganhar tudo.
A jogar futebol. Que é como deveria ser sempre.
Nacional, 0 – Benfica, 1
13.3.10
A mão de Mantorras
8.3.10
O Muro e o Móveis
É bem verdade que, desde que cheguei à idade adulta (na qual me encontro, ainda hoje, apenas tecnicamente), que as vitórias têm sido injustamente escassas na terra do Bem. Porém, não necessito de nenhum familiar de genes matusalescos para me recordar das vitórias pífias da minha agremiação desportiva. Vencedores de oito campeonatos nos últimos cinquenta e dois anos, os Bettencoures têm no quarto, como poster mais recente, o Anastácio do Leão da Estrela, essa bela obra de ficção que conta histórias de um zbortém vitorioso.
Nada como um exemplo próximo (física, e espiritualmente; pois não nos esqueçamos que o zbortém foi fundado por ex-membros trapaceiros do clube do Bem) para nos pormos à coca e evitar erros alheios. A nossa provação, como é, já tem sido demais.
Não queremos glórias da década de quarenta como heróis (os que temos da de sessenta são super-heróis, maiores do que o mundo e o tempo, tal como o conhecemos). Queremos que este ano seja apenas o início; o início de um longo período em que o pêndulo do tempo pende para o lado do Bem.
Aí chegado, há que cortar-lhe o fio.
Benfica, 7 - Os Outros (Hertha/Paços), 1
2.3.10
E eles levantaram-se e andaram
22.2.10
As inovações do Demo B
Nunca em futebol se tinha visto uma lebre. Parece, aliás, uma impossibilidade. Porém, o SC Braga, vulgo FC Demo B, está a conseguir instituir esse fenómeno no futebol português. Põem uma boa equipa a jogar, a casa-mãe dá-lhes todo o apoio, até um certo ponto (explica-lhes como se pratica a trapaça, a viscosidade e se queima enxofre para dar cheirinho), e depois, na altura certa, com um bom trabalho sujo já feito, manda que travem um bocadinho. E o lacaio trava.
Entre as jogadas coordenadas nos túneis, os comunicados dizendo que o Benfica estava a ser beneficiado porque lhe aplicavam os regulamentos, ou que o preparador-físico do Benfica estava a subornar um seu jogador com uma mala Louis Vitton, tudo é um meio para Saruman servir o seu senhor Sauron.
Sem disfarçar, aparecem no jogo entre eles sem grande vontade de ganhar (eu já tinha avisado: Imagino a tensão dos jogadores numa equipa do Domingos não há Paciência que se arrisquem a jogar bem contra o fóculporto … ). O treinador, “inexplicavelmente”, põe no banco o seu melhor marcador (Meyong), e substituí um central mais rotinado (Leone, também no banco) por Paulão, que fez assim o seu segundo (!) jogo na temporada. Afasta o principal perigo atacante para o Demo, e destabiliza a sua defesa, escancarando os portões ao “adversário”. Como prova da sua eficiente auto-sabotagem, sofre 5 golos num só jogo, quando, nos anteriores 19 jogos, tinha sofrido apenas 8 golos. Touché!
Querem apostar que, contra o Benfica, jogam o Meyong e o Leone…?
A vã glória de (ainda não) ganhar habitualmente
Já passou o tempo de benficar. Não nos afastemos, porém, de hábitos germânicos, saudavelmente constrangedores e repressores para os demais. Façamos do futebol "...a game for 22 people that run around, play the ball, and one referee who makes a slew of mistakes, and in the end Benfica always wins", porque nisso estamos ainda a falhar. Verdade, verdadinha, é que o mínimo que se pede é uma vitoriazinha contra o último classificado da Alemanha.
Dizem que a Liga Europa não é prioridade, mas, c'o Diabo, quero ver o Marselha por cá. Ainda para mais, estas conversas de que a época é longa e o catano já cheira a demasiadas desculpas. O nosso campeonato é pequeno e não tem a exigência dos de outras paragens.
A vitória é um bom hábito, daqueles que gosta de se manter, e que nunca nos deve fartar.
Quando estamos numa casa em que as vitórias se resumiam a vagas memórias não a devemos dar por adquiridas. Confesso que a recente ausência de um certo drive para vencer já apoquenta. Este instinto tão benfiquista e nobre (passe a redundância) de respeitar os outros e querer dar-lhes uma oportunidade, molesta. Isto é marcar o golo do Setúbal (Vitória, perdão) e do Herta, isto é falhar penalties no último minuto, eu sei lá. Já me dão calafrios. Como algumas cenas de certos filmes, em que estamos mesmo a ver que aquilo não vai acabar bem.
Vá lá, deixem-se de merdas. Que tenham abaixamentos de forma ainda é como o outro, mas marcar os golos dos adversários já é demais.
Hertha, 1 - Benfica, 1
18.2.10
Para que vejam como não sou fanático...
Até gostei que tivessem ganho ontem; espero, aliás, que depois de irem a prolongamento e penalties, passem à próxima eliminatória.
Mais...! Domingo até gostaria que quebrassem a espinha ao clube-satélite.
Para a semana, cedo à tentação lagartiana.
Como vêem, é só amor pelos meus adversários.
P.S. O Ruben vê-se mesmo que já era Demonista antes de o ser. Está lá tudo, a viscosidade, a trapaça e o cheiro a enxofre. Ai, se o Glorioso lhes marcasse assim (mas eu gostava...).
16.2.10
A angústia do treinador no momento de escolher o guarda-redes
14.2.10
Já vamos a meio do mês e ainda só nos salvaram dois jogos!
Jesualdo, enquanto vê coisas onde não existem e levanta suspeitas, diz que nunca foi de ver coisas onde não existem ou de levantar suspeitas.
Bruno Alves, por seu lado, insurge-se, dizendo que “As arbitragens não têm favorecido nada”.[Neste mês apenas nos beneficiaram contra o Nacional e a Académica!]
Calma, nem tudo mudou, nota-se ainda algo do respeitinho de outrora. Em nenhum momento põem realmente o dedo na ferida, em nenhum momento chamam os bois pelos nomes: há, claramente, um abaixamento de forma do Demo-Mor.
11.2.10
Tenho uma ideia! Por que não começam a jogar para disfarçar?
10.2.10
Proença providencial
9.2.10
Liedson (+9), 1 - Benfica, 4
Foi o árbitro...
(ouvi dizer que foi entrada para vermelho mas que aos 5 minutos de jogo não é para marcar, que o fora-de-jogo mal assinalado ao Pinguinho era o mesmo que um penalty, e que o Luisão ao travar a sua corrida, estorvando o Liedson, deveria ser sancionado). Esqueceram-se da relva.
P.S. Já ouvi vezes sem conta de vozes sportinguistas que "o Everton progrediu muito nos últimos tempos"