Entre o pobre cliché de pedras derrubadas e madeiras erguidas, o Benfica acaba com ideias feitas e faz-nos regressar para onde os nossos anti nos mandam frequentemente, para a RTP-Memória. É que esta forma categórica de vencer parece ter saído daí, daqueles Benfica-Farense de 1992 que passam quintas à tarde. Curiosamente, também é para aí que os adversários do Benfica querem que os seus jogos sejam esquecidos, ainda que com cores mais vivas e em Alta Definição.
É bem verdade que, desde que cheguei à idade adulta (na qual me encontro, ainda hoje, apenas tecnicamente), que as vitórias têm sido injustamente escassas na terra do Bem. Porém, não necessito de nenhum familiar de genes matusalescos para me recordar das vitórias pífias da minha agremiação desportiva. Vencedores de oito campeonatos nos últimos cinquenta e dois anos, os Bettencoures têm no quarto, como poster mais recente, o Anastácio do Leão da Estrela, essa bela obra de ficção que conta histórias de um zbortém vitorioso.
Nada como um exemplo próximo (física, e espiritualmente; pois não nos esqueçamos que o zbortém foi fundado por ex-membros trapaceiros do clube do Bem) para nos pormos à coca e evitar erros alheios. A nossa provação, como é, já tem sido demais.
Não queremos glórias da década de quarenta como heróis (os que temos da de sessenta são super-heróis, maiores do que o mundo e o tempo, tal como o conhecemos). Queremos que este ano seja apenas o início; o início de um longo período em que o pêndulo do tempo pende para o lado do Bem.
Aí chegado, há que cortar-lhe o fio.
Benfica, 7 - Os Outros (Hertha/Paços), 1
É bem verdade que, desde que cheguei à idade adulta (na qual me encontro, ainda hoje, apenas tecnicamente), que as vitórias têm sido injustamente escassas na terra do Bem. Porém, não necessito de nenhum familiar de genes matusalescos para me recordar das vitórias pífias da minha agremiação desportiva. Vencedores de oito campeonatos nos últimos cinquenta e dois anos, os Bettencoures têm no quarto, como poster mais recente, o Anastácio do Leão da Estrela, essa bela obra de ficção que conta histórias de um zbortém vitorioso.
Nada como um exemplo próximo (física, e espiritualmente; pois não nos esqueçamos que o zbortém foi fundado por ex-membros trapaceiros do clube do Bem) para nos pormos à coca e evitar erros alheios. A nossa provação, como é, já tem sido demais.
Não queremos glórias da década de quarenta como heróis (os que temos da de sessenta são super-heróis, maiores do que o mundo e o tempo, tal como o conhecemos). Queremos que este ano seja apenas o início; o início de um longo período em que o pêndulo do tempo pende para o lado do Bem.
Aí chegado, há que cortar-lhe o fio.
Benfica, 7 - Os Outros (Hertha/Paços), 1
3 comentários:
O sportém não foi fundado por ex-membros do clube do Bem. Agora o que eles fizeram, logo a seguir a fundarem a agremiação, foi vir aliciar jogadores do clube do Bem, tendo levado para lá uma boa parte da equipa.
Acertada correcção.
Porém, o que conta é intenção lagartixa. Má. Como os seus fígados.
Isso nem se discute. Não é por acaso que eles gostam tanto de andar de braço dado com o Demo.
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