22.2.10

A vã glória de (ainda não) ganhar habitualmente

Já passou o tempo de benficar. Não nos afastemos, porém, de hábitos germânicos, saudavelmente constrangedores e repressores para os demais. Façamos do futebol "...a game for 22 people that run around, play the ball, and one referee who makes a slew of mistakes, and in the end Benfica always wins", porque nisso estamos ainda a falhar. Verdade, verdadinha, é que o mínimo que se pede é uma vitoriazinha contra o último classificado da Alemanha.


Dizem que a Liga Europa não é prioridade, mas, c'o Diabo, quero ver o Marselha por cá. Ainda para mais, estas conversas de que a época é longa e o catano já cheira a demasiadas desculpas. O nosso campeonato é pequeno e não tem a exigência dos de outras paragens.


A vitória é um bom hábito, daqueles que gosta de se manter, e que nunca nos deve fartar.


Quando estamos numa casa em que as vitórias se resumiam a vagas memórias não a devemos dar por adquiridas. Confesso que a recente ausência de um certo drive para vencer já apoquenta. Este instinto tão benfiquista e nobre (passe a redundância) de respeitar os outros e querer dar-lhes uma oportunidade, molesta. Isto é marcar o golo do Setúbal (Vitória, perdão) e do Herta, isto é falhar penalties no último minuto, eu sei lá. Já me dão calafrios. Como algumas cenas de certos filmes, em que estamos mesmo a ver que aquilo não vai acabar bem.


Vá lá, deixem-se de merdas. Que tenham abaixamentos de forma ainda é como o outro, mas marcar os golos dos adversários já é demais.



Hertha, 1 - Benfica, 1


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