21.12.09

Até deu para para rodar o Luís Filipe


E o Urreta, o Carlos Martins, o Weldon, o Filipe Menezes

18.12.09

Ainda bem que não gosto de couve-flor, porque se eu gostasse de couve-flor, comeria couve-flor e eu detesto couve-flor

Fomos para um jogo europeus descontraídos, jogámos com uma segunda equipa, confiantes, e ganhámos tranquilamente, com naturalidade. Era a feijões, mas posso habituar-me a isto.

A ver o Di Maria fazer coisas boas é que nunca me habituarei. Porque não é possível. Ele afinfa-lhes dois secos, manda uma à barra, e, depois, ante-assiste o golo do AEK. Estamos sempre com o coração nas mãos.


(Letra de €40M?)

Mas é bom é que vá marcando golos destes na Europa. Que siga o instinto. O problema é quando ele tenta pensar. É que ele não sabe pensar, portanto, apenas pensa que pensa, por isso, quando tenta, pensa mal.


Se Di Maria fosse piloto eu confiaria nele (e no seu instinto) para conduzir no Mónaco, mas nunca nas suas capacidades de estacionamento na Calçada do Duque. Demasiadas fórmulas e variáveis, o grau de inclinação da subida, o ângulo de entrada da traseira, a chuva que molha os paralelepípedos, o Joaquim torneiro mecânico que apita, o arrumador que diz para destroçar, o pé direito que só serve para andar, aquilo era coisa para a desgraça.


Não penses, filho, age, age para o Estádio Cidade de Manchester, eles lá gostam de pessoas como tu.


Benfica, 2 - AEK, 1

14.12.09

Passa a bola, Luke Skywalker!

Numa altura em que Portugal parece estar debaixo do olhar permanente de Mordor, há que, como em todos os momentos em que o mal parece impor-se, apelar às nossas virtudes e concentrarmo-nos na luta pelo bem.
Não é fácil, concedo. Pais, mais do que nunca, dizem aos seus petizes para seguir a carreira política como forma de se safarem, tal como os pais nórdicos, lá pelos princípios do milénio, diziam aos seus filhos para se juntarem aos Vikings.

Mas temos que apelar aos nossos mais intrínsecos valores civilizacionais e combater o mal, em todas as circunstâncias e a todo o momento.

Na prequela do grande embate entre as forças do bem e as forças do mal, os nossos rapazes baquearam. Mas não é altura de esmorecer, porque a defesa do bem, por ser a rainha das batalhas, assim o exige.

O jogo com o Fóculporto(c) não é decisivo para a classificação, nem para o estado anímico da equipa e merdas que tais. É decisivo para a moral. Porque a profusão do bem não é conseguida sem a derrota do mal, principalmente quando o mal em presença é daqueles puros, monocromáticos à George Lucas.

Se vai ser mais difícil porque temos o meio-campo todo lesionado, estou-me completamente borrifando. Até podem por o Luís Filipe a nº10.

O que é obrigatório é que o SLB encare o jogo com o Fóculporto(c) com a importância superior que este merece, e que o ganhe, nem que para isso os rapazes tenham que acabar com cãibras nas orelhas.
Que a Força esteja convosco.

Olhanense, 2 - SLB, 2

p.s. (c) FNV

Para resolver esse problemazinho no campeonato, faça tomar quatro por semana, se se esquecer pode fazer tomar um ou dois, que fazem o mesmo efeito.

Sendo um texto escrito depois do jogo contra o FC Demo C, as informações, sensações e más disposições poderiam contaminar este relato, fugazmente inspirado numa partida em que as coisas correram como deveriam correr, em que o Benficar funcionou bem, se bem que não na perfeição, em que o Di Maria se pareceu vagamente com o jogador que alguns clubes estrangeiros (esperamos) pensam que é, em que frases de cinco linhas sem ponto final saem escorreitas e coerentes.



Os golos foram pingando de forma aparentemente natural. Houve trabalho e uma Académica destemida. E sentimos que quando há algum problema o Cardozo está lá para o resolver. Ou então o Ramires, ou o Aimar, ou o Saviola...meu Deus, não há volta a dar, temos mesmo de ser campeões. Se não o somos este ano, não passamos de um clube a jogar em constante "ano 2012".


Num ano em que Aimar ganha cargas perto na nossa área aos 80 minutos e corre para o ataque, não há desculpas para o falhanço. Num ano em que recuperamos não só Aimar mas também o Cardozo-com-o-Quique-jogas-no-banco, que se segue ao desperdício de um Reyes a jogar quase como em Sevilha, e de um Suazo que veio passar férias a Portugal com a cumplicidade do amante cigano, temos de estar lá, no final do percurso, com o ouro numa mão, a lanterna na outra e o pé bem fincado na cara do tipo que sobe as escadas atrás de nós.



Benfica, 4 – Académica, 0

8.12.09

Pieolorussia?


O que posso eu dizer sobre uma equipa que desconheço, de um país que nem sabia que existia e de um jogo que não vi? Nada? Não, meus amigos. Da mesma forma que o António Peres Metello (tem doi lês, não tem?) ganha a vida a falar sobre o que desconhece, eu consigo escrever, e completamente grátes, sobre algo que não vi. Não posso escrever muita coisa, mas posso escrever duas coisas:
A primeira é que jogos com estas equipas destes países não puxam por um gajo. Um puto do meu trabalho perguntou-me se eu não ia ver o jogo. E eu arrasei-o com tantas perguntas - "Com quem? Da onde? O quê, a URSS já não existe? Tás parvo, puto? Sabes que idade é que eu tenho? Queres levar um biqueiro?", etc, etc -que o o puto quando deu por ela já tinha perdido a primeira parte.

A segunda coisa é que se eu fosse presidente do SLB - e não sou porque a minha mulher não deixa - o passe do Fábio estaria já nesta altura indexado ao maior dos seguintes valores, a cada momento: valor do déficite orçamental do estado português, mas pós eleições (que a mim não me enganam, eu não sou nenhum Constâncio) ou 150.000 robalos - dos congelados - à cotação do Vara.

E é só. Bem hajam.

BATE, 1 - SLB, 2