8.4.10

Estás a ganhar, não estavas?

O Benfica está a desenvolver uns traços de maldade que são saudáveis. Isto de praticar apenas o bem e o bom futebol pode tornar-se um pouco monodimensional, e dar pouca espessura dramática ao campeonato.

O Naval, como tal, talvez não o mereça; mas iludir o Inácio, fazê-lo crer que pode vencer o Benfica, a razão da sua existência, e sonegar-lhe tal desiderato é de uma traquinice refrescante.

Nem o onirismo beetliano foi suficiente. David Luiz pensava como marcar Kuyt quando Fábio corria para ele, Quim calculava mentalmente o angulo dos remates de Torres quando se tardou mais um segundo a fazer-se à bola, Javi Garcia colocava-se em campo prevendo os avanços de Gerard, e, quando se deram conta, que chatice, tiveram de jogar um bocadito à Benfica. "Vá lá, não custa nada", vocifrou JJ das linhas. "Tá bem", jogaram eles dentro de campo. E Weldon marcou.

Rebentamos, assim, um avançado por jogo. Colocar a jogar avançados apenas no final da temporada, depois de uma temporada praticamente parados, vai dar nisto; mas nada vale mais de que uma vitoria gloriosa. Serão os nossos bravos da Normandia, nas praias da opressão demoníaca.

Naval, 2 - Benfica, 4

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