Para gáudio do Obrigadosápinto, enquanto amante de uma língua que se quer dinâmica como uma transição ofensiva do Rodríguez, há sempre a cíclica insinuação de certas palavras (aviventadas ou não) no domínio público. Há uns anos atrás, o Obrigadosápinto festejou as “valências”, depois as “incidências”, e ainda o “direccionar” (em termos de modalidades desportivas, há ainda e sempre o “apronto” para o arrepiar de prazer). Hoje por hoje, a ai-jesus (ou menina-prodígio) do seu plantel vocabular é “bondade”. A bondade de fazer isto ou aquilo, a bondade de uma decisão, a bondade da lei, a bondade da opinião de alguém. Depois de ver a partida que o Luisão cumpriu no sábado, onde o esforço por si despendido não esteve à altura (ficou-se assim pelos joelhos) dos seus pergaminhos de líder do sector mais recuado da equipa, o Obrigadosápinto ficou sem perceber a bondade da bitola adoptada pela Direcção da SAD e pelo corpo técnico de o tratar ao nível dos paninhos quentes e confirmou a bondade da ideia que há pouco expressou de que não teria sido mau de todo se tivessem feito com que ele tirasse uns jogos para reflectir sobre a brevidade da existência humana e do estrelato no desporto-rei. Há mesmo demasiada bondade no SLB para com os jogadores com os melhores lobbys. Hannibal ad portas, de facto.
16.1.08
Depois do cisma evangélico-ortodoxo (5)
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