Pensar em todos os cêntimos que desperdicei neste jogo de salários em atraso… bem falta fariam a alguns jogadores do Estrela.
Fico sempre maravilhado como diferenças abissais de salários se esbatem em campo. É algo a que já me habituei, mas fico sempre maravilhado, apesar de um gajo se habituar à maravilha poder ter consequências quando chegado ante o Grand Canyon. Se alguma vez lá for, logo vos contarei se o baile que o Gondomar deu aqui há uns anos em nossa casa danificou de modo permanente a minha capacidade de percepcionar o mundo exterior.
Bem sabemos que o jogo de domingo não era propício a este tipo de maravilhamento; para haver uma "diferença abissal de salário", é necessário que uma das partes o tenha. O salário. De certo modo, o Benfica ganhou um a zero a uma equipa de amadores. Diga-se que ganhou bem, tão bem quanto mal jogou. Se o Nuno Gomes não aguentasse a bola na área (como se de Brian Deane se tratasse) três ou quatro segundos antes do passe para o puto, as coisas teriam ficado ainda mais manhosas.
Apesar de tudo, tenho esperanças num bom resultado no campeonato. Afinal de contas, fomos o único dos três grandes que conseguiu pontuar com o líder. E em sua casa! Grandes feitos nos estão destinados, seguramente.
De qualquer modo, resta-nos acreditar no futuro, já que o presente nos coloca algumas dúvidas. Uma equipa com Suazo, Aimar, Cardozo e Reyes que não consegue dominar um jogo contra virtuais amadores não é realmente uma equipa. Aliás, os constantes e perenes apelos à compreensão de um período de "contrução da equipa" começam a soar estafados. Quão difícil é reunir uma equipa minimamente coerente para bater o Penafiel?
Mais uma vez foi preciso recorrer a S. Joaquim de Famalicão e à tão mal amada Maria Amélia.
Resta-nos ser estóicos e continuar a acreditar nas obras de Santa Engrácia da Liga Sagres.
E rezar para que não venha aí nenhum terramoto.
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