15.3.08

Crónica de uma eliminação anunciada

O Benfica foi passear o nome a Madrid.

O Benfica sofre o golo. Quim falhou uma vez mais. Estava contra apenas dois adversários isolados e, mesmo assim, não defendeu! Ai, ai, se fosse o homem-aranha....a falta que faz essa criatura, a única digna de defender as nossas balizas. Encolho os ombros, resignado.

O Benfica tem um toque de bola digno da selecção do Luxemburgo da década de 80; aquela que ganhou a Portugal com um auto-golaço do meio da rua do Frederico (o mais bonito auto-golo de que me lembro). Tomo um xanax para acordar.

O operador de câmara lida com esta como um Bosquímano com uma garrafa de coca-cola. Tenho náuseas.

O jogo arrasta-se, pior do que já vi, merecedor de uma fotografia outrora neste espaço censurada. Não vi pior jogo do glorioso esta época. É mau, mau, mau. Mutilo-me para relativizar o que vejo.

Joga-se lentamente. Lenta mas caoticamente, que não queremos cá coisas vulgares. É o glorioso, que diabo! A equipa parece a maralha que víamos a fugir em pânico na Guerra dos Mundos...só que lentamente, como se estivessem em Serpa a um meio dia de Agosto. Choro de angústia. De uma angústia e ansiedade vivida à velocidade de uma tartaruga bêbada e coxa de duas patas.

O Quim salva, mais uma vez, um golo adversário. Se fosse o homem-aranha defendia aquela bola duas vezes, mesmo só tendo sido rematada uma. Receio bem que isto se arraste. O golo até poderia ter calhado bem. Este Quim é um traidor. Volta Moreto!

Makukula engana-se. A bola bate no poste da baliza do Getafe. Só mesmo sem querer. Uma leve esperança assoma ao meu diminuto cérebro.

Começa o jogo.

(Getafe 1 - Benfica 0)

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