Sendo um texto escrito depois do jogo contra o FC Demo C, as informações, sensações e más disposições poderiam contaminar este relato, fugazmente inspirado numa partida em que as coisas correram como deveriam correr, em que o Benficar funcionou bem, se bem que não na perfeição, em que o Di Maria se pareceu vagamente com o jogador que alguns clubes estrangeiros (esperamos) pensam que é, em que frases de cinco linhas sem ponto final saem escorreitas e coerentes.
Os golos foram pingando de forma aparentemente natural. Houve trabalho e uma Académica destemida. E sentimos que quando há algum problema o Cardozo está lá para o resolver. Ou então o Ramires, ou o Aimar, ou o Saviola...meu Deus, não há volta a dar, temos mesmo de ser campeões. Se não o somos este ano, não passamos de um clube a jogar em constante "ano 2012".
Num ano em que Aimar ganha cargas perto na nossa área aos 80 minutos e corre para o ataque, não há desculpas para o falhanço. Num ano em que recuperamos não só Aimar mas também o Cardozo-com-o-Quique-jogas-no-banco, que se segue ao desperdício de um Reyes a jogar quase como em Sevilha, e de um Suazo que veio passar férias a Portugal com a cumplicidade do amante cigano, temos de estar lá, no final do percurso, com o ouro numa mão, a lanterna na outra e o pé bem fincado na cara do tipo que sobe as escadas atrás de nós.
Benfica, 4 – Académica, 0
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