Tempos houve em que as conquistas se faziam através de um Blitzkrieg. Tempos, no que ao Benfica diz respeito, que são bem recentes. Levamos as nossas brigadas muito móveis, bombardeamos, baleamos e baionetamos com afinco, e, depois, abrandamos ligeiramente; apenas para Blitzkriegar um pouco mais tarde. Aliás, pensando bem, os nossos jogos têm sido um Blitzkrieg constante, o que contraria o significado do conceito. Talvez no Instituto de Altos Estudos Militares se teça um novo instrumento teórico para as artes da guerra, o "Benficar". Pelo menos justificariam, de algum modo, as mordomias e luxuosas instalações de Pedrouços.
Nada disto se passou com a Naval, porém. Foi preciso alambar com a enxada e começar a escaqueirar o muro que o lagarto da Figueira construiu em frente do francês irredutível, mas sem bigode, que guardava as redes destes pescadores betinhos. E olhem que aquilo foi coisa para hora e meia de uf and puf, investir pela esquerda, acometer pela direita, arremeter pelo centro, e apenas com o redobrado empenho no investir (pela esquerda, como o verbo indica) é que o Javi Garcia arremeteu (pelo…? ….. Muito bem!) e nos colocou no nosso lugar: o primeiro. Bem, mais ou menos no primeiro, ainda assim cinco pontos à frente dos que interessam (esperemos).
Não foi dia para "Benficar", mas para uf and puf. Muitos outros dias destes virão, alguns em que mesmo o uf and puf não será suficiente, haverá dias em que a água não terá tempo para furar a pedra. Contudo, sabemos que este ano, mesmo que o "Benficar" não funcione, a água nunca deixará de pingar visando furar a insolente pedra.
Benfica, 1 - Naval, 0
Sem comentários:
Enviar um comentário