17.12.08

No armário

O que se passou com o Olimpyacos e com o Marítimo fica para a história desta época como erro estatístico. Nada ali foi provado ou desconstruído.

O que temos até agora são duas fases claras: uma de inconsciência e outra de vergonha. Na primeira fase, tínhamos Yebda e Carlos Martins empurrando a equipa para as mais desbragadas correrias, enchendo o lixo de alinhamentos tácticos. Na segunda, temos Kats e Bynia, segurando a quadriga, acotevelando a defesa na sua base.

Foi com vergonha de ser favorito, de ser candidato a vitórias, que o SLB se fez ao Mar. O Leixões está em segundo lugar na liga. Está. O José Mota, mesmo sem o boné laranja, é um bom treinador. É. O Leixões é uma equipa “superiormente orientada”. É. Mas nada disto faz com que deixe de ser o Leixões. Nenhum jogador do Leixões calçaria umas chuteiras do SLB, nem o Mota, mesmo com o boné laranja, assentaria as nalgas no banco encarnado.
Mas a equipa SLBiana achou que sim. E lá ficou, envergonhada, à espera de não sofrer um golo, e só nos últimos minutos deixou a sua intrínseca natureza tomar conta do jogo.

Não chegou. E não chegaria nunca, mesmo se o SLB tivesse marcado naqueles minutos de desconto ou de prolongamento.
O Quique tem de tirar a equipa do armário, tem de a fazer assumir-se. Que diabo, até o Goucha já o fez.

Leixões, 0 – SLB, 0 (5-4 gp)

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