7.4.09

E o defeso, que nunca mais chega

Domingo à noite, com tanta coisa para fazer, incluindo fazer nada, e lá seguimos a obrigação, como um menino arrastado pela avó para a igreja, de ver o jogo do SLB.
Os nossos rapazes passaram a semana a trabalhar, enquanto os outros folgaram. Já no domingo, inverteram os papéis: os nossos continuaram em ritmo de treino, mas os outros decidiram trabalhar. Afinal, é para isso que não lhes pagam.

É difícil, mesmo difícil, descrever aquele jogo. Que o SLB de Quique jogava mal, já era um facto consumado e devidamente interiorizado na nossa pobre alma. Mas, ainda assim, há uma diferença, e significativa, entre jogar mal e não jogar.

Jogar futebol implica que os tipos da mesma equipa passem a bola entre eles e façam uns remates. Mesmo na 3.ª divisão inglesa, em que a bola passa mais tempo no ar que a passarada nos tempos de Mao. Mas, no domingo, podia jurar que não houve um único lance em que isso tenha acontecido com aquela malta de encarnado. E isto vai muito para além da fraqueza intrínseca do Quique, do careca e do outro espanhol. Muito para além disso. Não deveria ser preciso um treinador para pôr aquelas cavalgaduras a fazer uma tabelinha, ou a passar a bola para outro gajo com a mesma camisola do que eles, ou a acertar na outra baliza. Há coisas básicas que se vêem em qualquer jogo de solteiros e casados e não vemos nestes gajos que vestem a nossa camisola.
E claro que a vontade é correr com o Quique, o careca e o outro espanhol, mas para quê? Há para ali um problema qualquer, com uma profundidade angustiante, que nos faz quase pensar que o único treinador que poderá pôr o SLB a ganhar é o Professor Karamba.

Eu, por mim, já só espero que o defeso não tarde. Não sei se aguento mais um jogo destes sem ligar para o 800205535.

E.Amadora, 1 SLB, 2

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