29.10.09

A não esquecer


Estou contente, mas o FC Demo está só a 3 pontos...

27.10.09

Pastilhas com sabor a chá, sabem onde se compra?

O gesto dos 4 dedos é perfeitamente aceitável, teve alguma piada e é uma reacção normal e até relativamente comum, para um puto dos NoName. Não, definitivamente, para o treinador do SLB.

Por bons resultados, gramamos o pastilhar de boca aberta e o espancamento da língua portuguesa. Mas mais do que isso - que já não é pouco - não.

Há que perceber que treinar o SLB não é a mesma coisa que treinar o Sixty-Nine num torneio de futebol de salão na Tapadinha, mesmo que a quantidade de golos marcados seja sensivelmente a mesma.




26.10.09

A um passo da imortalidade

Ainda com os olhos encadeados com o brilho daquele cruzamento do Fábio para o segundo golo - um cruzamento à Beckham mas sem pose adamada - senti, e fortemente, que Jesus, esta noite, esteve a um passo da imortalidade.
Não pela goleada (outra), porque o SLB este ano debita golos como o nosso Governo emite dívida, nem pelo gesto rasteiro dos quatro dedos espetados, nem por qualquer outra coisa que se tenha passado durante o jogo.

Foi durante a flash interview que eu comecei a cheirar o momento, a imaginar uns segundos de youtube com triliões de visualizações, a preparar-me para daqui a uns 30 anos explicar este momento aos meus netos.
Jesus, segurando os braços enquanto triturava a pastilha, com o queixo mais tenso que o soutien da Simona Halep, disparou "Quer-me fazer mais perguntas sobre futebol?" ao repórter da SportTV. E eu imaginei o tipo de microfone a voltar a insistir na história do túnel ou a pedir a Jesus para comentar o facto de o Machado lhe ter chamado cretino e visualizei - em câmara lenta e a preto e branco, juro - a melena do Jesus a dirigir-se com inusitada violência contra a cabeça do anão irritante e BANG: Imortalidade. Primeiro treinador a agredir um repórter numa flash interview. O clip a abrir a CNN, a RAI, a BBC, e com destaque no Guardian, um oitavo de coluna no Times e uma referência na New Yorker. Imortalidade.
Mas não. A camisola do SLB pesa muito e reduz todos - até Jesus - a uma simples mortalidade.

SLB, 6 - Nacional, 1

23.10.09

Nada como inverter as coisas

Cansados de estar nos últimos lugares, os Colchoneros apostam, de uma vez por todas, em estar entre os primeiros da segunda divisão:

Cá para mim já é muito bom ver o Benfica jogar à Benfica

The scale of the humiliation might have been even greater but for Angel Di María, Benfica's brilliant Argentinian playmaker who orchestrated the collapse, driving a shot against the crossbar and drawing a couple of exceptional saves from Tim Howard. As it was, Everton returned from Lisbon having suffered their heaviest defeat in European competition. The Guardian

Benfica have built up a formidable list of victims in this impressive stadium; Manchester United and Liverpool have both been knocked out of the European Cup here in recent seasons, but they have rarely devoured their opposition with such relish. The Independent



The most vivid nightmares of David Moyes were re-enacted at the Stadium of Light last night as the manager’s ravaged, motley team were picked apart, thrashed and ultimately embarrassed by a Benfica side that demonstrated grace and menace in equal, epic proportions. The Times


In the end it was just the five for the Eagles, but it could easily have been more on a night that Everton will want to forget in a hurry. The Goal.com


It was a stirring performance from Benfica, particularly their eight South Americans, which augurs well for their pursuit of trophies this season. BBC


Benfica, 5 - Everton, 0


21.10.09

You can´t always get what you need

O desempenho do SLB de Jesus é anacrónico. Se os jogos fossem às 3 da tarde de domingo, então provar-se-ia, definitivamente, que Einstein tinha razão. E como vivemos num clima de um saudosismo doentio, com pavilhões a encherem-se para ver a Kim Wilde e os Foreigner, não é de estranhar a histeria que acompanha as goleadas frequentes do SLB. Voltámos aos anos 80, portanto.
Essa histeria confirma que eu tenho uma percepção diferente do que é um jogo de futebol da minha equipa, quando comparado com a esmagadora maioria dos outros adeptos do SLB.
Um jogo da minha equipa é uma batalha que eu quero ganhar. Se ganhar com um bocado de baile, com mais do que um golo de diferença, é bónus. Mas no essencial, a alegria pela vitória dos 3-6 em Alvalade e do 1-0 na Luz com o golo de Luisão foi a mesma.
E esta forma de ver os jogos do SLB, acompanha-me praticamente desde que comecei a ver, conscientemente, futebol. Há 25 anos já só ia a jogos com resultado menos previsível, ou seja, com o Porto, Sporting, uma outra equipa que estivesse mais atrevidota (tipo o Guimarães do Cascavel e do Ademir), e competições europeias. E o que então me chocava, era uma porrada de gajos que só iam ver os outros jogos. E justificavam essa atitude com o facto de que nos jogos que eu via, eles ficarem nervosos e assistirem a poucos golos. Em suma, não se divertiam.


Ver um jogo do SLB e divertir-me, é como assistir acordado a um discurso do Ministro das Obras Públicas: é impossível. Se eu me quiser divertir a ver futebol, vejo um qualquer jogo da Premier League ou o Barcelona com o Real Madrid, mas nunca, nunca, um jogo com o SLB, porque há coisas com as quais eu simplesmente não brinco.

Este SLB marca golos, tem umas jogadas giras, diverte. Jesus faz aquilo que a maioria dos adeptos benfiquistas querem. Mas ainda tenho dúvidas se ele vai conseguir fazer aquilo que eles precisam.

Monsanto - 0, SLB - 6

14.10.09

Graças a Jesus


Luzes, vénia, acção! A digressão do Benfica, com trejeitos de megaprodução, continua a encantar adeptos em vários pontos do país. A comitiva chega no veículo oficial, altiva mas sorridente para uma massa humana sem paralelo. Com sol, com chuva, eles estão sempre lá. Nem sempre os mesmos. Mas igualmente ruidosos. O grupo agradece e retribui. Vale a pena, o espectáculo.

Ninguém olha a preços e sacrifícios, quando sente a onda encarnada a chegar. O Estádio da Mata Real rebentaria pelas costuras, se as tivesse. Os adeptos do Benfica estão por todo o lado. Sentados, em pé, amontoados nas escadas. Não importa. Quando a equipa está bem, meio país regozija-se. Graças a Jesus.


Paços de Ferreira, 1 - SL Benfica, 3

4.10.09

5-0 ao Leixões? Só?!

Somos espertalhudos e talentosos. Mas JJ quer mais, quer fazer juz ao seu homónimo e embarca agora pelo campo do paranormal (Jesus pressentiu a goleada). Tenta, assim, enveredar pela carreira, infelizmente interrompida pela maçada da política, do seu correlegionário lagarto, o Santana Lopes. Mas, nisso, até eu, com a minha barriguinha e perna às costas, peço meças ao nosso benfiquista emprestado. Ao intervalo, com mais um jogador, considerando a qualidade dos demais matosinhenses sobreviventes em campo e as nossas recentes vitórias também eu previa, tenuamente e a medo, que sou novo destas andanças da astrologia, que talvez mais golinhos entrassem pela baliza.



Claro que isto pouco interessa para os nossos adversários. No início da temporada diziam que o Benfica só ganhava a grandes equipas, que o problema seria quando jogasse com as pequenas. Agora, ganha às pequenas por abadas e diz-se que o Benfica ainda não teve nenhum teste a sério. Se ganha os jogos é porque os outros são fracos, se não ganha é porque o Benfica é fraco.

A única forma de o Benfica ser considerado bom pelos demais é ganhar todos os jogos por goleada, mesmo que seja campeão, ganhe a taça e a Europa. O Benfica já perdeu e empatou esta temporada.

Podem, então, estar descansados, é oficial, o Benfica não presta para nada.

Benfica, 5 - Leixões, 0